domingo, 29 de abril de 2012

Em Nuvens

Houve um acúmulo de nuvens. Uma explosão de nuvens. Uma chuva de nuvens. Eram imagens macias se dissolvendo por todos os lados, meus olhos não deram conta. Eu gritei e todos responderam: “nuvens não existem!”. Mas eu via ali muito mais do que águas pálidas. Meus pés estavam encharcados. Sentia a frieza do mundo me consumindo. Aos poucos fiquei submerso nas gotículas oxigenadas que não me retribuíram o oxigênio. Meu corpo se decompôs, mas minha alma estava mumificada naquele sarcófago de nuvem. Nuvem que foi ao vento e nunca mais voltou.

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